Cáritas lança "franchising" para apoiar desempregados

Desempregados de longa duração, jovens e microempresas podem candidatar-se, a partir de abril, a um programa da Cáritas Portuguesa destinado a apoiar projetos de Franchising Social, micro negócios e atividades por conta própria.
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O projeto "Franchising Social potenciado pelo Marketing Social", que é apresentado na quarta-feira em Coimbra, visa "a inclusão social pela via do empreendedorismo, por forma a autonomizar financeiramente pessoas em situação de desemprego", segundo a Cáritas.

"O franchising social potenciado pelo marketing social tem como fim último gerar valor de forma sustentada através da replicação de projetos-piloto de franchising social e da criação de micro negócios e atividades por conta própria", acrescentou.

Para desenvolver este programa, a Cáritas concorreu ao Programa Operacional de Assistência Técnica do Fundo Social Europeu, que aceitou o projeto, disse hoje à Lusa o coordenador do projeto, Carlos Medeiros.

Este projeto é dirigido a "três universos": desempregados de longa duração, jovens, "para tentar suster a emigração desenfreada", e "quadros de empresas que perderam os seus empregos, mas que têm uma história profissional importante", explicou o responsável.

O principal desafio do programa é apoiar "microempresas em situação difícil" e ajudar pessoas desempregadas "a ter uma atividade por conta própria que seja sustentável", explicou.

Para isso, as pessoas poderão apresentar, a partir de abril, à Cáritas uma ideia de negócio ou recorrer a um "banco de ideias" da instituição, que depois os apoiará na sua concretização.

"O primeiro desafio é ter uma ideia viável", de acordo com as necessidades do mercado, o segundo "é arranjar meios para financiar o projeto", adiantou.

Carlos Medeiros espera que o Governo "dê um pequeno fundo" para a concretização de uma experiência piloto na área do franchising social.

"Já falámos com o ministro Poiares Maduro e com o secretário de Estado [adjunto do primeiro-ministro] Carlos Moedas, que foram muito recetivos", disse, comentando que têm "a esperança que a recetividade passe a atos concretos".

O projeto é desenvolvido pela Cáritas Portuguesa, conta com o apoio técnico-científico da IPI Consulting Network e é cofinanciado pelo Programa Operacional de Assistência Técnica/Fundo Social Europeu.

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